sexta-feira, 15 de maio de 2009

música e fotografia... nostalgia




















Outro dia falando sobre o meu trabalho do Cores dos Vultos para o Portal Imprensa, uma das questões me chamou muito a atenção. Aparentemente sem muita pretensão, mas que me fez pensar muito... O repórter, Eduardo Neco, instiga: se Cores dos Vultos tivesse uma trilha sonora, qual seria?

Sempre quis por uma trilha sonora no meu site. Até porque escutava músicas que me motivavam ao trabalho trabalhoso de fazer o site - aliás, escuto música para tudo... E tenho uma relação com música de vidas passadas, sei lá... Fui denominada Luciana por causa de um festival de música da época... Enfim...
Pois é. Escutei muito o cd Fragmentos - Modernas Tradições, de Naná Vasconcelos. Especificamente a música "Vento chamando Vento". Essa seria a trilha para o site. Claro! Percussão!! Mas ele ficou sem música... Não sabia como pedir autorização ao Naná para usar e ficou sem. E isso pra mim ficou no ar, pensando na pergunta do jornalista.

E me lembrou o quanto a música e a fotografia tem uma relação muito forte e intrínseca. Na época dos encontros gostosos e literalmente saborosos do Projeto Photogourmet - recordam das projeções na parede nas casas de amigos e outros lugares afins, que se iniciaram na vila da Cangatara, em Pinheiros, São Paulo com os fotógrafos expondo seu trabalho numa apresentação sempre bela e fazendo o prato da noite? Bons tempos com Giselle Rocha, Stefan Schmeling e Fernanda Curi, que idealizaram e puseram na prática este projeto assessorados por todos os amigos possíveis e impossíveis para fazer uma noite inesquecível aos olhos, aos ouvidos, ao nariz e a boca. E por que não ao tato também? E como deu certo este projeto... Saudades demais!
Mas uma das projeções que mais me fez entrar num "vamos revolucionar os sentidos" foi a de Iatã Cannabrava. Claro que pelo trabalho sim, óbvio! Mas também pela escolha maravilhosa da trilha e menu para compor o trabalho a ser mostrado. Aí pensei: é isso mesmo, com a música a fotografia entra mais no sagrado - aquele sagrado lá que tanta gente já me viu falar que não aguenta mais ouvir... É o nosso primitivo da melhor forma!!
Resolvi buscar músicas que pudessem se relacionar a fotos... E pensar em fotos sendo apresentadas com música. Estou pesquisando um cara que conheci há pouco tempo - aquelas minhas coisas às vezes, enquanto o povo vem com o bolo pronto eu ainda estou indo com o fubá...
O Jaco Pastorius que me impressionou! E muita coisa produzida sobre ele. Morreu jovem, depois de uma surra que levou numa briga que ele nem teve culpa. Talentosíssimo baixista. Boa trilha pra fotografia...
Pedi até a um amigo, Sérgio Cassiano - visitem o site e ouçam as músicas - ex-ainda-integrante do Mestre Ambrósio para fazer a trilha. Topou, mas a correria das coisas da vida fez ele voltar para Recife e a idéia se perdeu. Ainda aceito voluntários percussionistas para o trabalho de trilha do Cores...

8 comentários:

Amanda Salim disse...

Oi Lu, o blog tá lindo, amei! Vou visitar toda semana para ver se você está postando mesmo...hihihihi
E Pedrinho, e o maridão, estão bem?
Mande um beijo pra eles!
E apareça aqui na redação. Sentimos sua falta.
Beijos, querida.
Amanda

Anônimo disse...

Já que o papo é trilha e contrabaixo, sugiro que você ouça também Charlie Mingus e Nico Assumpção, para citar apenas dois. A lista é enorme...

Anônimo disse...

Gosto tanto dele que acabei meio íntimo... O nome correto é Charles Mingus. Dá uma escutada no disco Pithecanthropus Erectus.
Ah... Mais uma coisa: percussão é massa, mas com contrabaixo fica bem melhor.
Pão com manteiga, saca?

anderson disse...

Bem-vinda minha pernambucana preferida!

beijo grande,

anderson

André Feltes disse...

Que bom que tu voltou guria!
Já estava com saudades do blog.
Bj.


Feltes

Rachel disse...

Que exercício gostoso imaginar uma trilha sonora para suas fotos, Lu. Minha interpretação do seu Cores dos Vultos teve a voz da Edith Piaf cantando "Milord".
Parabéns por todas as suas iniciativas maravilhosas.
Estamos com saudades de você e da família!
beijos
Rachel (do Alan e da Olívia)

eu não aliso porco espinho disse...

um dia quis ser contrabaixista mas não deu certo. sempre persegui os contrabaixistas e terminei casando com um (brincadeira). Pensa na possibilidade de uma trilha com contrabaixo, o timbre é lindo e diferente. Vc pode usar ora contrabaixo eletrico, ora acustico, dependendo do clima da foto. Carla

Adriana Paiva disse...

Oi, Luciana,

Também não concebo meus dias sem música. Trilhas sonoras crio e tenho para quase tudo. O ânimo com que amanheço os dias também costuma ser "co-autor" de meus sets musicais. Ou, ao contrário, uma trilha que escolho a esmo em estado macambúzio leva meu astral às alturas. Falando em percussão (que também aprecio) e em música para baloiçar ânimos, houve dias em que Barbatuques e Afro Celt Sound System cumpriram bem esse propósito ;-)

Em tempo: registro meus votos de "boas vindas de volta" também por aqui.

Abraços,

Adriana